quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

All I want for Christmas is you!!!!

Uau! Tanto tempo que não venho aqui, que admito que estou estranhando um pouco o momento...

Sinto muitas saudades da minha ligação quase materna com esse blog. Construir cada post aqui, permitir que meus sentimentos saíssem de mim em forma das palavras mais sinceras, as vezes até meio confusas e perdidas...

Ter este meio de comunicação foi uma decisão sábia. Mas, como disse Caio Fernando Abreu, precisei me afastar de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Me aproximar de tudo que me faz completa, me faz feliz e que me quer bem. Aproveitar tudo de bom que essa nossa vida tem. Me dedicar de verdade pra agradar um outro alguém. Trazer pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ver só o ‘bom’ que todo mundo tem. E, por mais que soe contraditório, precisei me afastar um pouco de tudo que me lembrava esses meses em que eu cresci tanto, porque essas lembranças estavam me atrasando fortemente.

Passada a fase difícil, os dias consecutivos de dúvidas intermináveis, as incontáveis consultas aos sites de passagens aéreas, as lágrimas derramadas e os apertos no coração, a vontade de voltar (ao blog) falou mais alto, e se juntou ao momento de final de ano. Não poderia deixar o ano terminar sem escrever dois posts aqui: o de Natal e o de Retrospectiva. Então, que comecem os trabalhos!

1 ano se passou e foram tantas mudanças que as vezes tudo se confunde um pouco na minha cabeça. Incrível como tenho as vezes umas sensações de déjà vu, algumas vezes me perco um pouco no tempo e no espaço e certas lembranças se misturam na minha cabeça, e eu já não sei se elas pertencem ao Brasil ou à Europa. Mas certas lembranças são tão fortes na minha cabeça, que basta um pontapé inicial para que elas surjam como se nunca tivessem ficado adormecidas. E o meu Natal do ano passado está nessa. Lembro de cada minuto dos dias anteriores à data. A preparação, a decisão de que seria na casa do Eric e do Ulgem, a noite do dia 23 no forró, o sono matador do dia 24, os 11 graus negativos para voltar para casa às 6h da manhã, a neve até o meio da canela, a procura incessante pelo Du (o famoso francês), a sobremesa e as bebidas que não cabiam na geladeira e foram colocadas do lado de fora (e congelaram), Os Christmas Crackers, a maionese maravilhosa, a decoração linda dos meninos, a guerra de neve, o secador debaixo do edredom para dormirmos quentinhos... Enfim, foi uma das festas de Natal mais acolhedoras que eu já passei! E por mais que eu estivesse tão longe da minha família, me senti realmente em casa lá. Afinal, eu estava SIM em família. Minha família da Irlanda.

Hoje tenho o prazer de passar o natal rodeada dos meus parentes queridos. E, estando em contato com meus amigos da Irlanda e vendo a vontade que eles têm de estar em casa agora,não consigo expressar quão grata eu sou por estar tendo essa oportunidade novamente. Famílias têm problemas. Têm doenças. Têm tristezas. Famílias têm histórias que poderiam ser diferentes, que nos dão vontade de ajudar mesmo sem saber como. Têm desentendimentos. Mas mesmo assim, famílias são famílias! São o nosso maior pilar! Nosso exemplo, nosso começo, meio e fim!

Hoje me sinto forte de novo, bem de novo rodeada das pessoas que mais amo! Cada dia mais eu entendo quando meu pai me disse que país não é um pedaço de terra, ele é feito das pessoas que lá vivem. Tenho amado o Brasil cada dia mais como território e cada dia menos como nação. Mas ainda acho que certas pessoas aqui me fazem querer lutar por esse país. E podem ter certeza, minha família faz parte disso!

A todos vocês, um Natal inesquecível! Que essa época seja um pouco menos dedicada aos presentes e à distorção da data, e mais à doação, à esperança de um amanhã melhor, à vontade de fazer a diferença na vida de alguém.

Aproveitem as pessoas que estão ao seu lado! Elas não estarão lá para sempre!

Beijos a todos

domingo, 14 de agosto de 2011

Feliz dia dos Pais!!!

Hoje, dia dos pais aqui no Brasil. Sempre tive os 2 pés atrás com essas datas comemorativas: dia dos pais, das mães, das avós... Tudo soa como uma bela jogada comercial. Sempre adotei o discurso de que "todos os dias são dos pais e das mães". Maturidade traz mudança. Percebo, hoje, depois de passar o dia das mães longe da minha, e tendo agora a oportunidade de estar ao lado do meu pai no dia dele, que precisamos, sim, de certas lembranças de quão importantes são alguns anjos na nossa vida. Do quanto eles fazem falta. E de quem realmente importa e nos ama incondicionalmente.

Te amo, papito! Você, junto com a mamusca, Carol e João, são meu Porto Seguro, meu pedaço mais bonito!

Não prolongarei meu discurso. Em troca, deixo um e-mail que meu pai me mandou enquanto eu estava na Irlanda. Um dos que mais mexeram comigo e um dos mais inesquecíveis! Um viva à sabedoria! Meu pai é lindo! =)

Boa semana a todos!

"Oi, filha, boa tarde.

(...) Vocês sempre dizem que eu não falo do meu passado. Lendo sua mensagem, voltei alguns anos.

A vida é uma continuidade. Aos 15 anos sai de Araxá para morar em Sacramento, fui muito bem recebido, achava Sacramento ótimo e Araxá horrível. Aos 16 anos fui morar em São Paulo. Imagina o mineirin de Araxá e Sacramento conhecendo a maior cidade do Brasil. Estava abobalhado, achando aquilo uma maravilha. Voltei para Araxá, fiquei 2 anos e vim para Brasília. Nestes dois anos conheci sua mãe como namorada, começando uma história que você faz parte. Durante grande parte de minha vida eu não gostava de ser mineiro em função da minha infância difícil em Araxá. Traumas. HOJE eu gosto de ser mineiro e adoro ser brasiliense.


Vamos ao Brasil. Vce sabe mais do que ninguém das minhas reservas quanto ao Brasil, principalmente nossa política nojenta. Nós estamos vivendo um momento interessante de movimentos de libertação no Oriente. Você sabe que são países de cultura mais antiga do que a nossa. Estão derrubando ditadores de mais de 30 anos. O Brasil culturalmente está engatinhando. Eu vivi 64. A coisa já foi pior e só melhorou porque o povo foi pra ruas. Sei que precisamos melhorar muito, mas a maneira que eu achei de melhorar o Brasil foi criando duas filhas conscientes e preparadas para trabalhar por ele.


CONCLUINDO minha opinião: Quem faz um país melhor, são as pessoas que nascem neles. País não é um pedaço de terra, mas pessoas que nós gostamos. Ao invés dos medos que são normais, tente melhorar o que está errado. Talvez o BRASIL esteja precisando de você e outros tantos jovens que tem a oportunidade de fazer o intercambio que você esta fazendo.


(...) Um conselho de Pai: Consertar o ontem, não tem jeito, viver o amanhã, impossível. Viva o hoje sem medo. E coragem você já mostrou que tem muita.

Parabéns pelos seis meses

Saudades. Um beijo

sábado, 23 de julho de 2011

Mais do mesmo...

Cabeça vazia, oficina do diabo! Por que será que minha cabeça segue essa máxima com tanto afinco? Às vezes acho que chegará o dia em que eu simplesmente perderei toda a minha capacidade de pensar, pura e simplesmente por excesso de uso! Justo se assim o for, porque admito que tenho pensado tanto que às vezes até eu mesma canso de mim!

Estou de volta! Entenda como quiser, porque qualquer significado fará jus à verdade. Estou de volta da Disney, da viagem mágica ao lugar mais mágico do mundo. Estou de volta da Irlanda, finalmente me sentindo mais aqui que lá, entendendo cada dia mais o quanto meus pensamentos e sentimentos podem se camuflar dentro de mim, e separando o real do que foi criado pela minha cabeça confusa e ofuscada pela intensidade dos sentimentos finais. Estou de volta à vida. Me sinto, finalmente, em casa.

A felicidade ainda vem chegando de mansinho. Tem dias que ela explode no meu peito, tem dias que ela ainda dá lugar às lagrimas de tristeza ou agonia, sabe Deus do que. Mas nunca foi diferente, por que logo agora o seria?

A Disney foi uma viagem interna aos meus sentimentos mais íntimos. Minha cabeça não descansou como deveria. Por vários dias ela teimou em trabalhar, junto com o corpo já fadigado pela falta de horas de sono e excesso de trabalho. Derramei mais lágrimas de tristeza do que de cansaço dessa vez. Mas me sentia, a cada gotinha que saía, tirando um peso imenso de dentro de mim.

Hoje sinto meus olhos muito mais abertos para as verdades do mundo: ninguém é perfeito, mas algumas imperfeições me afetam mais que outras; Não se pode confiar em todo mundo, mas há de se acreditar que todos nós temos nosso lado bom, prontinho para despontar em meio a tantos defeitos; Tudo tem volta. Outro dia li que se o mal ou a inveja tivessem uma forma, ela seria a de um bumerangue. Faz todo sentido; Fazer o bem ainda é a melhor opção. Mesmo que você cometa alguns erros, se a intenção é boa, ainda é possível voltar atrás e tentar novamente.

Tenho sentido, nesse exato 1 mês que estou de volta, mais amor do que senti em 10 meses de intercâmbio. O que pode parecer uma constatação amargurada, nada mais é que a realidade de um diagnóstico. Sobra insanidade na falta de amor. Hoje eu entendo isso melhor do que nunca!

Fé em Deus e pé na tábua. A aventura está no seu início. O crescimento também! Se o que não me mata, me fortalece, projeto Hulk 2012 está em andamento! =)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Lá vamos nós de novo...

Malas prontas! Unhas amarelas (sim, amarelas, da cor do meu grupo =D), colete vermelho, Croc no pé. Aos pouquinhos, vou me sentindo RELP de novo, entrando no clima da viagem que abriu esse blog ano passado, onde eu me encantei e me encontrei, e que me trouxe de volta um pouquinho mais cedo.

As expectativas, admito, já forma um tiquinho maiores. Mas tudo dentro de mim já foi um tiquinho maior. Depois de 2 meses muito conturbados na Irlanda, com as emoções afloradas de uma forma quase incontrolável, sinto que meu corpo (e, principalmente, minha cabeça e meu coração) tiraram rápidas férias. Me sinto... Insensível. Simplesmente não me sinto. Não me encanto, não me envolvo, não vibro. Sorrio com a boca, mas não tanto com os olhos. Me arrumo pra sair, mas meu interior está bagunçado como nunca. Choro, mas minhas lágrimas não me dizem nada.

O brilho nos olhos ainda não voltou. O prazer em comer, em acordar, em ser, também não. Mas a vida começa, aos poucos, a se colorir novamente. A certeza é de que isso, como tantas outras coisas, simplesmente passa. E de que não demorará tanto assim. As lágrimas descem com menos frequência, mas continuam não seguindo qualquer lógica. Hora choro, hora sorrio. E assim vou levando os dias.

Se o que você lê parece trágico demais, drama demais, sensível demais, não se assuste. Me permita, ao menos uma vez, escrever sem a censura de um blog público, sem o medo de olhos alheios, sem medição qualquer de palavras.

Tenho bons pressentimentos em relação a essa viagem. Bons pressentimentos em relação a algumas decisões tomadas. E, principalmente, volto a ter bons pressentimentos em relação ao que a vida me preparou para daqui em diante. Isso, por si só, já é a boa notícia do dia.

Até a volta, cabeça inquieta. Nos próximos 15 dias, você está de férias. Descanse, você merece!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O sonho acabou (?)




Estou sentada embaixo de árvores que permitem que os 30ºC de Brasília fiquem um pouco mais amenos. No meu colo, um prato com a maionese de batata com frango deliciosa da minha tia, picanha ao ponto feita pelo meu pai, arroz e farofa. Para beber, suco de caju. De um lado está minha avó de 89 anos contando que banho frio é o segredo da sua saúde. Do outro, meu sobrinho lindo tendo crises do riso mais gostoso com a minha irmã. À minha frente, minha mãe e minhas tias embalam um papo animado (falado em altos tons, como de costume dessa família tão mineira). Um pouco mais afastado, meu pai exerce seu papel de churrasqueiro oficial da família, sempre atento se eu estou precisando de alguma coisa.

O que pode parecer a muitos como uma típica tarde de domingo, para nós que passamos um tempo fora de casa é um sonho realizado. Quantas e quantas pessoas já não repassaram essa cena tantas vezes em suas cabeças, de como seria a sua volta e quais as primeiras coisas que fariam ou que comeriam, e quais as primeiras pessoas que encontrariam?

Estar de volta é um contraste de sentimentos. É uma contradição constante. É se sentir em casa como nunca, mas é não achar seu lugar. Estar rodeada de pessoas e querer estar sozinha. Ficar sozinha e querer ter pessoas ao seu lado. Não consigo sair de frente do computador, penso em 2 moedas, em 2 horários. Ainda não consigo dormir depois das 22h30, não consigo acordar depois das 7h30. Quando são 10h, me bate uma fome de almoço. E mesmo almoçando às 12h, quando são 14h, lá estou eu com fome de novo.

Procuro o interruptor do banheiro do lado de fora o tempo todo, dirijo batendo minha mão esquerda na porta, procurando a marcha. Sinto mais calor que os outros, bebo água o tempo todo (sempre abrindo a torneira primeiro, antes de lembrar do filtro), acho esquisito usar short sem meia-calça e sair sem carregar um casaco. Estou ainda impressionada com o tanto de roupas e sapatos que tenho. Me senti um homem quando vi minha sapateira pela primeira vez, com o pensamento de "eu sou uma mulher ou uma centopéia?". E a facilidade para encontrar sacolas plásticas em casa? Isso sem falar na geladeira cheia e na quantidade absurda de frutas e verduras.

Tenho me sentido muito bem em Brasília, o que, por si só, já é um susto. Mas as saudades de Dublin... Isso é algo que não me sai da cabeça. Assim como não me esquecerei de diversas cenas e momentos que vivi nesses 10 meses, não me esquecerei das últimas músicas dançadas, das lágrimas que teimavam em descer, do riso chorado com o Ulgem e o Eric, da noite mais bunitinha, dos últimos abraços... Não me sairá da cabeça a sensação de vazio que ficou logo em seguida à despedida, o choro engasgado quando o avião pousou no Rio de Janeiro, a sensação de que "o sonho acabou".

O sonho não acabou. Ele só se tornou realidade. Hoje trago no coração pessoas que posso nunca mais ver, mais que ocupam um lugar muito especial na minha vida. Trago as lembranças da chegada, do amor que há muito tempo não sentia tão forte, da paciência inacabável dos meus pais e minha irmã, da evolução não acompanhada do meu sobrinho, da esperança de um novo bebê chegando por aí.

A sensação ainda é de dor. Dor em lembrar, dor em se falar, dor em tentar esquecer. Assim como dói não se sentir completamente em casa, não ter muita vontade de encontrar com as pessoas, não ter coragem de deixar a Irlanda pra trás. Mas nada que o tempo não resolva. Ninguém disse que seria fácil. E não está sendo. Mas, se me pedissem, faria tudo de novo. E de novo. E de novo...

* Fotos by Fernando Mesquita

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Em clima de despedida...

Cada dia que passa acredito mais que bobos são aqueles que não destinam 30 minutinhos dos seus dias para escrever um diário. O ser humano é tão complexo cientificamente, psicologicamente e em todos os -mentes possíveis, que não consigo acreditar que possa existir ao menos um indivíduo cuja vida não gere um diário digno de virar um best-seller mundial.

Mais do que isso, seguimos sempre a máxima de que "a grama do vizinho é mais verde", então sempre esse ano está fazendo mais calor que ano passado, está chovendo mais que ano passado, estou trabalhando mais que nunca, este término foi o pior de todos, os jovens estão mais perdidos que antes... Será que a existência de um diário não seria a prova cabal que essas comparações absurdas são apenas fruto do nosso imaginário, tentando fazer nos sentir mais miseráveis e com mais motivos para reclamar, ao invés de simplesmente vivermos o que nos aparece e tirar o máximo proveito disso?

Eu, particularmente, sempre quis dar início a esse projeto. Assumo que o único motivo que me manteve afastada de sua realização foi a preguiça. Preguiça de sentar para escrever, preguiça de relembrar os fatos, preguiça de reler isso anos depois. Este blog que aqui está foi mais uma tentativa de colocar essa idéia em prática. Claro que, pelo fato de a internet ser um domínio público, muitos dos meus sentimentos e muitas das minhas vivências precisaram ser suprimidos em mensagens subliminares para mim mesma, escondidas em palavras ou fotos que, tenho certeza, mesmo após muitos anos, ainda estarão vivas na minha memória.

Admito que fui muitas vezes relapsa com minha idéia, principalmente no último mês. Mas qual a função de fazer algo para você mesmo, se os seus sentimentos e vontades (ou falta delas) não forem respeitados, não é mesmo?

Fiz o blog, sim, para manter mais estreitos os laços com quem ficou, mas, principalmente, o fiz para nunca esquecer dos 10 meses mais diferentes que eu já vivi. Não direi que foram os mais intensos, os melhores, os que mais cresci. Mesmo que eu concorde com algumas dessas afirmações. Como já disse, estou lutando contra a máxima da "grama do vizinho".

Hoje admito que sinto imensa falta de um diário completo dos dias pré-viagem, ainda no Brasil. Sinto falta de ler minhas palavras expressando o que se passou pela minha cabeça. Sei que alguns posts aqui foram feitos nesse período, mas acho que fui, em certa parte, displicente em relação ao quanto esse recordatório poderia me ajudar agora.

A sensação de estar voltando é a mais esquisita possível! Ao mesmo tempo que não vejo a hora de ir embora, tenho olhos de saudades quando olho para as pessoas queridas que conheci, quando lembro dos momentos inesquecíveis que vivi, quando passo pela cidade que tão bem me acolheu nos últimos 10 meses.

Dublin foi meu lar, minha cidade, meu refúgio. Sempre que viajava, voltava me sentindo bem por estar em casa de novo, porque é assim que me senti aqui: Lar, doce lar.

Essa viagem trouxe para a minha vida franceses, belgas, suíços, eslovacos, irlandeses, poloneses, espanhóis, italianos, húngaros... Mas trouxe também paulistas, cariocas, mineiros, potiguar, gaúchos, recifenses e tantas outras pessoas de estados diferentes que me deram a certeza de que eu amo o povo brasileiro e o Brasil mais que tudo!

Eu aprendi a respeitar e lidar um pouco melhor com as diferenças. Mas, acima de tudo, tenho aprendido (é um looooooongo processo, acreditem) a respeitar as MINHAS diferenças, as MINHAS limitações. Tenho entendido quão pequena mas quão grande eu sou. Tenho entendido porque meus pais sempre me ensinaram a não mentir, a não passar por cima dos outros, a não querer o mal de ninguém. Mais uma vez, esse é um processo longo, mas acho que estou no caminho certo.

Falando em caminho, tenho aprendido que sempre é tempo de recomeçar, de voltar e seguir um novo trajeto. Que desistir às vezes não é sinal de fraqueza. Pelo contrário, pode ser a atitude mais difícil e corajosa que alguém tem que tomar.

Essa viagem me ensinou que posso sobreviver sem meus amigos e minha família. Mas que essa é a última coisa que quero para a minha vida. Que pobres os que não podem contar e confiar nas pessoas. Que eu confio em todo mundo e isso já me machucou muito, e tem potencial pra machucar muito mais, mas eu ainda prefiro acreditar na bondade das pessoas a achar que não vale mais a pena lutar.

Hoje posso falar que dou muito mais valor à minha família. Que eles são a minha vida! E que posso me considerar um pessoa muito feliz por saber que, além deles, tenho AMIGOS de verdade, que nunca me abandonaram. E que nunca o farão. Entendi também que esses são em número bem menor do que eu imaginava, mas que isso não é ruim. Todo mundo precisa de família, amigos e conhecidos. Cada um tem seu papel na nossa vida. E cada papel tem sua importância.

Quero muito chegar em Brasília e abraçar meus pais, sentir o cheirinho do meu sobrinho, rever minha irmã, conversar até de madrugada com meus amigos. Mas queria muito pular os dias até lá, principalmente a quarta-feira. Nunca odiei despedidas. Hoje entendo que nunca soube o que é uma despedida. Tenho passado por mais coisas neste último mês que passei em muito tempo aqui. Espero que um dia eu entenda o sentido de tudo. Mas, querem saber? Se tem algo que eu aprendi, foi que, cedo ou tarde, a gente sempre entende...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ah... Viena...

Então, se ainda não perceberam, irão perceber ao longo deste post que não sou a Amanda, e sim a Lia Kunzler, amiga de longa data desta viajante que criou o blog. Ela teve a brilhante idéia de que deveríamos escrever cada uma um post sobre um lugar, já que esta foi uma viagem a três há muito desejada. Eu fiquei com a segunda parada desta jornada: Viena! Uma cidade da qual

não esperávamos nada, mas que nos surpreendeu desde a arquitetura até o lindo clima que pegamos.


Então comecemos por onde paramos no post anterior. A viagem de Budapeste a Viena foi feita de ônibus. Uma decisão tomada por causa dos custos, mas que não imagino fazendo de outra maneira. A passagem custou 8 euricos por pessoa e o ônibus é beeeeem justo: limpo, tem filme e até wi-fi dentro das cidades. E como a viagem é curta (cerca de duas horas), não vale a pena pensar em pegar avião e os trens são mais caros.


Chegando em Viena, o primeiro choque da viagem. Saímos de Budapeste, que tem alguns problemas de transporte e é uma cidade que ainda traz os traços do comunismo, para todo o esplendor da Áustria, um dos países mais estabelecidos da União Européia. A infraestrutura é extremamente moderna e contrasta com a arquitetura clássica dos monumentos. Ficamos em um hotel/hostel beeem pertinho da estação principal, a WestBahnhof, o Do Step Inn. Localização que nos ajudou bastante já que o metrô de Viena funciona sem problemas e te leva a qualquer lugar.


Passamos ao todo dois dias e meio em Viena. Como já disse, nos falaram para não esperar muito da cidade e por isso decidimos passar pouco tempo lá – comparados aos quase quatro dias em Budaeste e Praga. Como chegamos na hora do almoço, almoçamos na própria WestBahnhof, que oferece bastante opção de comida rápida. Fizemos o check-in no hostel (quarto limpo e banheiro separado, nada demais) e decidimos caminhar nas redondezas. Em um primeiro olhar pareceu uma cidade grande e normal. Mal sabíamos que a grande surpresa estava por vir.


No dia seguinte, saimos da cama e fomos ver a principal área da cidade. O centro de Viena (ou Innerstadt para os letrados em alemão. Não, eu não sou!) reúne a catedral de São Estevão (a maior e mais impressionante da cidade), um bocado de ruazinhas estreitas e de pedras, bem medievais, e os grandes monumentos. Saímos da estação de metrô e demos de cara com a construção maravilhosa e milhares de pessoas, com galhos de plantas nas mãos. Era domingo, então esperávamos a catedral cheia, mas logo percebemos que aquilo era algo especial. Como eu estava me sentindo mais relaxada com a língua (depois de quatro dias não entendendo nada de húngaro, alemão é quase minha língua mãe!), fui me aventurar. Procurei alguém jovem (minha estratégia para encontrar pessoas que falam inglês) e perguntei o que estava acontecendo. Ela explicou que como era o domingo antes da Páscoa, todos os católicos levavam “palms” para a igreja. Quem me conhece sabe que o meu conhecimento sobre catolicismo é quase nulo. Repeti as palavras como foram ditas para mim para as meninas. Apenas uns 20 minutos depois é que a Amanda grita: “Hoje é domingo de ramos!! “Palms” é ramos em inglês.” HUAHAUHUAHAUHAU Sensacional!! Apendida a lição, fomos apreciar a arquitetura. As ruas medievais são interessantes, mas a vibe de Viena é outra. Lá a arquitetura alcança o maior esplendor clássico. Descobrimos isso ao nos depararmos com a biblioteca e os dois grandes museus da capital austríaca: o Museu de História Natural e o Museu de História da Arte. Os prédios são de tirar o ar e os espaços beeem abertos. É uma cidade arejada, que não deixa em nada a desejar à outras grandes cidades da Europa (pelo menos aquelas que eu já vi =) ).


Mas o mais legal de tudo era o clima que envolvia a cidade. A Maratona de Viena estava acontecendo naquele dia! Milhares de pessoas saíram às ruas para correr ou simplesmente apoiar os corredores. No meio da praça estava montada uma estrutura gigantesca que tampava toda a visão do lugar. Muitos poderiam ficar chateados, mas para a gente tudo apenas aumentava o clima de festa. Mas da onde havia surgido o clima de festa? Isso eu posso responder sem dúvida: o sol brilhava e o céu estava azul! Depois de um climinha mais ou menos em Budapeste, o sol era super bem-vindo! A Amanda, que não via sol há meses, aproveitou cada raio de sol! Eu e Mari estávamos felizes de não passar frio. O meu couro cabeludo já não poderia falar o mesmo. Eu, brasileira, queimei o couro cabeludo na Áustria. Mas queimei meeeesmo, de ficar bem ardido! O fato nos rendeu muito boas risadas. Sério, quais são as chances?!?!


Depois de passearmos durante toda a manhã e um almoço dos deuses (com uma sobremesa mais dos deuses ainda!) tiramos uma sonequinha na grama do parque. Bem à moda européia! Não querendo julgar a viagem de ninguém, esse é o lado bom de um ritmo mais relaxado, o fato de podermos simplesmente dormir durante meia hora em um parque lindo de viver! Descansadas, depois fomos ao Museu da Música. Muitos podem perguntar porque. A resposta é: simplesmente porque quase todos os grandes compositores de música clássica são da Áustria. Só para citar alguns: Mozart, Beethoven, Strauss e Schubert. AHAM!!! O museu é interativo e bastante interessante. Meu lugar favoito foi a sala de exibição, onde eles mostram duas apresentações da Filarmônica de Viena. Duas apresentações para fazer qualquer um se apaixonar por música clássica.


Aliás, a cidade respira o clássico. Não conseguiu ingressos para aquele concerto que queria ir? Não tem problema porque muitos são transmitidos em telões na rua. Estávamos voltando do museu quando vimos pessoas sentadas na calçada curtindo a apresentação de uma ópera e tomando um bom (vinho) tinto! É esse tipo de espontaneidade européia que eu tanto sinto falta aqui no Brasil...


No terceiro dia de Viena resolvemos conhecer um pouco sobre uma das maiores personalidades austríacas: a Sissi. Nunca ouviram falar? Não se preocupem, quando cheguei no castelo de Schonbrunn também não sabia quem era essa mocinha. Aprendemos que ela era uma Evita local, imperatriz do império austro-húngaro. O castelo é como um Versailles de Viena, com jardins incríveis, parecendo tapetes. É um ótimo passeio que pode durar o dia inteiro para quem quiser e tiver fôlego. No segundo dia o sol apareceu tão forte como no primeiro e já saímos até sem casaco. Acreditam?? Essa Europa estava muito louca... E com essa luz ideal, as fotos começaram a ficar lindas.



Mas como não podia deixar de ser, três mulheres juntas não pode não acabar em compras. Em Viena fomos bastante controladas, principalmente por causa do tempo curto. O maior “incidente” aconteceu na nossa casa, a WestBahnhof. Em uma das passagens, não pude deixar de olhar uma lojinha super bonita de bijuterias. Uma hora depois, o resultado da brincadeira: cerca de 130 euros gastos em bijux, uns 15 anéis e pelo menos 10 brincos. Mulheres, mulheres...


Não saímos de noite em Viena. Não sei se foi a falta de indicações ou o cansaço das três que haviam saído dos respectivos trabalhos há menos de uma semana. Mas o fato é que nossas saídas para a balada se resumiram a ir em uma pizzaria italiana próxima ao hostel. Em compensação, foi lá que tivemos as melhores aulas de italiano e alemão do mundo!! Os professores: o garçom austríaco e o dono italiano, que não falavam quase nada de inglês. Ou seja, a comunicação foi feita em pelo menos quatro línguas!! Ah, e a pizza? Também uma das melhores que já comi na vida, verdadeiramente italiana...

Na terça-feira, depois de termos visto quase tudo que queríamos na cidade (afinal, temos sempre que deixar algo para trás, para ficarmos com vontade de voltar, não é mesmo?) era hora de deixar o clássico e irmos para a cidade que é considerada por muitos a mais bonita da Europa. Na parada de ônibus apenas a certeza de que muuuito ainda estava por vir. Que venha então a República Tcheca!


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Buda, Peste e muita diversao


Conseguiiiiiiiiiiiii uma folguinha para postar sobre Budapeste. As meninas estao doentinhas, entao resolvemos nao sair hoje, ja que nossa viagem esta so comecando. Ai, na folguinha a noite, ca estou, em frente a um teclado sem acento (nao reparem, vai ser todo sem acentuacao), pronta pra falar um pouquinho desses 4 primeiros dias da nossa viagem inesquecivel!

Budapeste eh, como eu sempre ouvi falar e ja imaginava, ABSURDAMENTE LINDA! A cidade parece toda feita para impressionar, cada predio que se avista parece sair dos filmes mais lindos, cada jardim completamente florido pela Primavera europeia (que dispensa comentarios), enfim... Inexplicavel!

Cheguei aqui no dia 12, ja a noite. O trajeto do aeroporto para o hostel foi uma aventura, ja que as meninas chegaram antes de mim e eu o fiz sozinha. Primeira gafe da viagem: peguei o metro sem pagar, completamente sem querer (ta... eu sei q soa estranho, mas eu juro q entendi que o ticket do onibus, pelo quel eu paguei, valia para o metro. Aparentemente, nao =P). Nao deu nenhum problema, mas engambelei geral o sistema... Coisas de nao entender nem uma virgula do idioma...

O encontro com as meninas, claro, foi uma festa. Uma hora de abracos, fofocas que nao acabam mais e saudades que parecem que nunca se matam. Tenho gargalhado nesses dias como ha tempos eu nao fazia... AMO!

Aproveitamos os dias para conhecermos tudo que nos fosse possivel. No nosso primeiro dia aqui demos uma volta pela cidade, aprendemos que Budapeste eh dividida em 2 lados: Buda e Peste (duuuuuuuuuuuuuuh). Peste eh o maior lado, o que estamos hospedadas (alias, pausa para falar do hostel, que nos custou meros 14 euros por dia por pessoa para um quarto so para nos 3, com cafe da manha feito pela propria dona e staffs gente finissima! E o chuveiro tem ate som dentro dele, da pra acreditar? Anotem ai: Paprika Hostel. MEGA recomendado), onde tem o Parlamento, a Catedral de St Stephen (belissima tb), os parques com os banhos termais e muitas outras coisas. E Buda eh do outro lado do Rio Danubio (sim, o da valsa), com alguns museus, alguns labirintos (sim, eu fui! Nao, eu nunca mais irei em outro =P), a Igreja de St Mathias e alguns outros Monumentos bem bonitos, alem de uma vista incrivel da cidade, ja que esta eh uma parte mais alta.

No segundo dia aproveitamos para fazer um Walking tour gratis que tem em quase todas as capitais da europa, que eu sempre quis fazer e nunca fiz. Beeeeeeeem legal, a guia era super querida e nos deu varias informacoes bacanas! Descobrimos que, pelo fato de a Hungria ter uma colonizacao asiatica, o idioma nao se parece com nenhum outro idioma europeu, se comparando, no maximo, ao idioma finlandes ou ao falado na Lituania. O alfabeto hungaro tem SIMPLESMENTE 44 letras, e nao existe uma ordem correta para as frases , ou seja, vc pode falar "eu estou bem", "estou eu bem", "eu bem estou" e por ai vai. Talvez por isso o idioma deles seja um dos mais dificeis do mundo, e por isso eles treinem tanto o cerebro que fez com que eles ganhassem 14 premios Nobel. Sim, walking tour tb eh cultura =)

O hungaros sao EXTREMAMENTE educados, talvez mais que os londrinos e os suicos. Absurdo! O sistema de transporte publico da cidade eh TERRIVEL, mas pelo menos a chance de vc achar alguem que fale ingles eh bem grande. Hoje, por exemplo, fomos no mercado municipal, e a senhorinha que vendia comida falava um ingles super corretinho.

A comida daqui eh beeeeeeeeem gostosa, mas nao eh muito boa para os vegetarianos. O prato deles eh basicamente carne recheada com carne. Nao, nao estou brincando! Mas naaaaaaaaaada a reclamar =)

A cidade eh bem limpa, mas admito que eh uma visao de contrastes. Como diz a guia do tour, eh a Bela e a Fera: ao lado de um predio belissimo e bem cuidado, eh super comum vc encontrar um predio bem no estilo comunista, remetendo aos predios do Setor Comercial de Brasilia. Meio que uma mistureba, mas os predios imponentes sempre se sobressaem.

Uma coisa muito comum daqui sao os banhos nas aguas termais. Nos ate pensamos em ir em um, mas nao trouxemos biquinis e o dia hj estava bem friozinho, entao acabamos nao animando muito. Mas chegamos la na porta e me pareceu bem bacana!

A nossa experiencia na noite de Budapeste se resumiu a ontem, quando fomos na Morrinson 2, a famosa boate de 3 andares. Sinceramente? Ate o Fitzsimons (em Dublin) eh mais legal... Beeeeeem caidinha a boate, com galera esquisita e musica do tempo da vovo. Mas, assim como td em Budapeste, absurdamente barata.

Alias, vale a pena dedicar um tempo so pra falar do QUANTO a cidade eh barata. Ja falei do hostel que ficamos, mas eh possivel achar camas em hostel por 3 ou 4 euros. A moeda aqui eh bem complicada de converter (1 euro equivale a mais ou menos 260 HUF, entao complica td), mas qd vc usa a conversao 1 pra 250, td melhora e vc ve como eh ridiculo. Um bom almoco nao sai por mais de 10 euros (bom MESMO! Hj, por exemplo, almocamos por 4 a 6 euros e pedimos pizza no jantar, por 2 euros por pessoa), a entrada na boate eh 2 euros, as bebidas sao na faixa de 1,5 euros ate meia noite, e 3 euros dps. O metro e o onibus sao por volta de 1 euro. Inacreditavel? Pois eh, imagina para mim que moro em uma das cidades mais caras da Europa... Absurdo de barato!

Enfim, amanha estamos indo para Viena, mas ja com saudades de Budapeste. Definitivamente eh uma das cidades mais lindas que visitei por aqui!

Bjocas a todos

terça-feira, 12 de abril de 2011

Capitais Imperiais, HERE I GO!!!!

Você quaaaaaaaaaaaaaaaaaase foi embora sem deixar um novo post...

Post anterior estava muito triste e, como eu prometi, não iria viajar sem atualizar e sem deixar fotinhos do nosso novo ap, então cá estou eu!

Depois da semana mais trabalhada da minha vida, 46h exatas, treinando 4 ex-prováveis-auxiliares de chef, que poderiam ficar no meu lugar (nenhuma vingou. Ô, povinho ruim de serviço esses irlandeses mais novos, viu?! Affffffff), 8 dias ininterruptos de trabalho, 4 dedos cortados, FÉRIAAAAAS! =D

Tá, eu sei que você pode estar pensando que eu acabei de definir a sua rotina em TODAS as suas semanas de trabalho, mas você há de lembrar que estou, há quase 8 meses, trabalhando apenas meio-período, só de 2ª a 6ª, né?! Então vamos dar um descontinho... =)

De qq jeito, a semana foi deliciosa. Reativei o contato com algumas pessoas muito especiais no Brasil, que eu estava com muitas saudades de conversar, mesmo que pela tela fria de um Facebook. E meus amigos daqui de Dublin ganharam o Campeonato Irlandês de Futsal e em agosto representarão o país na UEFA de Futsal. Parabéns para eles, mega queridos!!!!

Hoje, às 15h30, pego meu voo em direção a Budapeste. Encontro com as meninas (Budapeste vai ser pequena pra esse reencontro =DDDDD), ficamos por lá até dia 16, quando vamos para Viena. Dia 18 embarcamos para Praga, dia 23 para Londres e dia 24 estamos de volta a Irlanda, onde ficamos viajando até dia 30, quando elas vão embora.

Depois disso, 1 mês de trabalho, curtindo cada segundinho de Dublin e amigos queridos, e aí,dia 30 de maio, embarcamos (eu e Mari) para Bruxelas, Amsterdam e Ilhas Gregas. Nada mal, nada mal =)

Bom, pra variar estou terminando de resolver as últimas coisas para a viagem e em 2 horas preciso estar no aeroporto. Então fica a promessa de que, se surgir a oportunidade, atualizo de lá algum dia. Caso não dê, na volta estarei aqui de novo!

Quem tiver a oportunidade, no dia 19 dê, por mim, um abraço BEM demorado na minha Mamys pelo niver dela, tá?! Primeiro aniversário que passo longe, a saudade vai apertar ainda mais, mas jajá estou de volta!!!!

Hoje tem beijo mais que especial a Cida, mãe do Ulgem (e do Eric, pq não?!), que eu conheci pessoalmente ontem e, como eu imaginava, AMEI DE PAIXÃO! Que pessoa fofa! Melhor ainda foi o Ulgem contando a história deles 2 se encontrando no aeroporto, ela largando o carrinho, correndo pra abraçá-lo e todo mundo aplaudindo! A-DO-RO!!!!

Beijos a todos, perdão pela falta de recadinhos, mas estou ficando em cima da hora. As fotos são do novo ap, da festinha que fizemos aqui de comemoração e das minhas flatmates lindas!!!

AMO!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sobre a violência e nossas crianças...


"Fábio* era um garoto comum. Brasileirinho, jogava futebol como só ele. Talvez sua baixa estatura e seu peso mirrado o ajudassem a ser ágil e passar por entre seus amigos como um raio.

Sofria de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) e, junto com os remédios controlados, o esporte era seu maior aliado para gastar um pouquinho de tanta energia acumulada. Corria o quanto pedissem a ele, pulava na altura que quisesse, tinha extrema habilidade com esportes com bola. Definitivamente, "levava jeito para a coisa", como diziam seus professores de Educação Física.

Era popular na escola. Por onde passava, era conhecido e reconhecido por seus colegas e professores. Talvez pela sua desinibição, talvez pela sua TDAH, falava muito alto, estava sempre articulando algum comentário (mesmo quando não autorizado), paquerava as meninas, zombava dos meninos e preparava sua lista de frases sarcásticas para responder às constantes reclamações dos professores em relação ao seu comportamento inadequado.

Fábio não era como seus colegas. Estudava em um colégio que era orgulhoso de se considerar inclusivo. Um colégio que aceitava crianças com síndrome de down, hiperativas, cadeirantes e com transtornos. Um colégio conhecido pela educação de seus alunos, pelo carinho e amor com que eles tratavam seus colegas especiais. Um colégio com professores orgulhosos de seus pupilos, mas cansados de lidar com a indisciplina constante de Fábio, o único aluno que lhes dava problemas. Ele era violento, bradava palavras chulas sem pensar, batia nos colegas que não o respeitassem, atentava contra as meninas com rótulos e provocações.

Fábio NÃO era como seus colegas. Quando muito novo, foi adotado por Vânia* e João*, um casal feliz, mas divergente em relação à sua vontade de ter filhos. Foi Vânia quem o quis, foi ela quem bateu o pé a favor da adoção, já que a vida e a natureza não a permitiram conceber seu próprio rebento. João, por amor (à Vânia, não a Fábio ou às crianças) cedeu, e juntos constituíram uma família.

Poucos anos mais tarde, em uma peça pregada pelo destino, Vânia sofre um acidente e fica em estado vegetativo em uma cama de hospital, deixando Fábio, muito novo, aos cuidados e sob a guarda de João. Nunca passou pela cabeça do pai devolver a criança, mas também nunca lhe passou pela cabeça amá-lo como deveria. E assim Fábio foi (sobre) vivendo.

Pouco tempo depois, aparece Virgínia* na vida de João. O sofrimento pela perda de Vânia ainda era grande, mas Virgínia, aos poucos, vai conquistando seu lugar no coração do homem, e, posteriormente, na sua casa. Os dois dividiam tudo: o teto, a cama, as dívidas e, acima de tudo, a falta de amor por crianças.

Fábio definitivamente não era como seus colegas. Ele não sabia mais o que era amor. Ele apanhava em casa sempre que fizesse coisa errada, coisa certa, qualquer coisa. Sua comunicação com seus "pais", quando acontecia, era sempre no grito. Sua história, antes tão cheia de esperanças, foi sendo pintada de preto por "pais" que não souberam amá-lo. Sua escola era o único lugar aonde ele recebia atenção e cuidado, mas ele já não sabia mais diferenciá-los de tantos gritos e violência. E a criança pura acabou por se tornar um adolescente em amargura. O que será deste adulto?"

A história acima poderia ser fictícia. Mas não é. Ela pertence a um ex-aluno meu (com nomes devidamente trocados), que tinha 12 anos na época que eu lhe dava aula. Fábio* me ensinou que o ser humano é, sim, um espelho do mundo. Que a criança não tem culpa dos seus atos e que não se deve julgar atitudes sem entender a história.

O atentado de ontem à escola do Rio foi contra o Brasil. Aqui fora todos estão comentando e me perguntando o que está acontecendo. E aí dentro, por meio de Facebooks, Twitter e Redes Sociais diversas, só vejo ira e julgamento em relação ao autor.

Não importa sua religião. Todas as crenças do mundo defendem o perdão, o amor e a compaixão como base para uma sociedade mais limpa e mais humana. Me pergunto, então: Aonde estão os religiosos e crentes em Deus, que sempre levantam a bandeira da oração, mas na primeira provação, publicam mensagens ofensivas que defendem a punição, às vezes pelas próprias mãos?

Faço, de tão longe, o meu apelo: deixem os sentimentos negativos para as famílias que estão em tanta dor e têm o direito de se permitirem sentir o que vier. Lembrem-se que, infelizmente, nem todos os cidadãos tem o privilégio de crescer em ambientes familiares saudáveis e repletos de amor. E tentem praticar o perdão, e rezar, mentalizar, emitir ou seja lá o que sua crença permite, pela alma do menino de 23 anos que teve razões que a própria razão não explica.

Lembrem-se que este menino matou 12, mas nossos políticos que roubam nossos impostos que deveriam ir para saúde, alimentação e educação, matam milhares e milhares todos os dias, e criam mais outros milhares de autores de massacres. É deles que deve ser cobrada uma mudança. E é de nós que essa cobrança precisa vir.

O post de hoje não ficará muito tempo. Amanhã ou, no máximo domingo, faço um último post antes de viajar. Mas precisava fazer este desabafo que ficou tão marcado na minha cabeça desde ontem.

PAZ e BEM, meus amores!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Brasileira com muito orgulho


Videozinho do final do Jogo Brasil x Escócia, no Emirates Stadium, em Londres, no fds passado! Para lembrar que um viagem de final de semana sempre traz boas surpresas e que eu sou brasileira sim, e tenho muito orgulho disso!

Ainda me assusta muito a lista de coisas que sei que sentirei saudades! Ainda não consigo não olhar para as coisas com um certo pensamento de "no Brasil poderia ser assim, só bastaria uma forcinha". Mas cada dia que passa, aumenta a certeza de que a hora de voltar está chegando.

Hoje eu e Mari no mudamos para nosso ap novo. Não dá para descrever o tanto que é lindo! Super bem iluminado, com janelões enormes na casa toda. Os quartos são grandes e arejados, a cozinha é super bem equipada. Minhas flatmates foram escolhidas a dedo, e eu e Mari estamos terminando o intercâmbio como começamos: roomates! A localização é simplesmente a melhor possível. Exatamente no centro da cidade. Seria como se nós morássemos no Congresso Nacional, dá pra imaginar (piadinhas relacionada com política à parte =P)? Mas mesmo assim, deitada na MINHA cama, depois de tanto tempo, sentindo uma felicidade tão grande, a vontade de voltar só cresce!

Quando vim para cá, vim atrás de um crescimento pessoal que eu sabia que só teria aqui, em contato profundo comigo mesma. Vim em busca de um auto-conhecimento que me traria paz, de experiências de evolução. Hoje, faltando menos de 3 meses para voltar, tenho a certeza de que alcancei todos esses meus objetivos, e mais alguns outros, por tabela. Mas sei que ficar aqui significaria frear essa evolução. Ou, pior ainda, regredir. Então, time to move on.

Os planos para os últimos meses aqui são os melhores do mundo: Praga, Budapeste e Viena com as meninas, e Bruxelas, Amsterdam e Grécia com a Mari. Realização de um sonho, passando meu aniversário em terras gregas. Enquanto isso, apartamento novo, trabalho antigo e muita bagunça boa! E que venham os 3 últimos meses!!!!!!

Fotinhos do novo apartamento no próximo post. Por enquanto, algumas fotos da visita dos papitos aqui e do jogo do Brasil. Links ao lado!!!

* * *

Cida, estamos esperando ansiosamente sua visita! Seus filhos estão precisando de afago de mamãe =) Nós SEMPRE precisamos! Você precisava ver o Ulgem com a minha mãe: pareciam amigos de infância. Minha mãe AMOU ele (como não poderia ser diferente). Quem ótimo que vc conheceu minha tia, ela é super alto astral! Araxá cheia dos contatos! hehehehe

Daniiiiiiiiiiiiiii, to vendo o Cd até hj, acredita? São MUITAS fotos, e todas lindaaaaaaaaas! Que saudadeeeeeeeeeeeees! Dia 23, vamos brincar de abraçar por 1h??? =D Te amooooo!

Paaaaaaaaaaaam, que notícias maravilhosas!!! Como assim vc é metade húngara??? HÚNGARA?? kkkkkkkkkkkkkkkkk Mas agora, se vc conseguir isso, portas escancaradas por aqui! Tomara que dê mt certo! Fingers crossed!!!!

Toseiraaaaaas, que saudaaaaaaaaaaaades! Será q com todos esses empregos, rola uma parceria no 2º semestre? =D

Por que minha família não entra mais no blog? Hunft...

Beeeeeeeeeeeeijo

quinta-feira, 24 de março de 2011

É Primavera...

Bom, como eu disse, o sol raiou novamente!

Como dizem por aí, "The show must go on" (o show tem que continuar), e como eu fiz um pacto muito sério com a minha anjinha, vou tratar de cumprí-lo à risca!

E, é claro, Papai do Céu tem contribuído muito para isso. Os dias ainda são de choros espassados, saudades de casa, questionamentos sobre as razões das coisas. Mas também são de sol intenso, céu azul, temperatura amena e pessoas mais felizes. Essa semana saí todos os dias com um casaquinho leve, desses que usamos no Brasil pela manhã. E só! Calça legging, sapatilha, no máximo uma Pashmina, mais por hábito que por necessidade. Muitas, muitas pessoas na rua de camiseta, alguns mais corajosos arriscam até uma bermuda ou um shortinho. Aí você deve estar pensando: "Mas quantos graus está fazendo? 25ºC?" Não, meu bem! 13ºC. Mas para nós que pegamos essa temperatura, mas negativa, o clima está realmente gostoso.

E os dias então... Aaaaaaaaaaaah! Nem sinal de chuva. Vento, quase nunca. E, com isso, o humor dos irlandeses volta ao normal. Impressionante como as estações bem definidas implicam em mudanças de humor bem definidas. Bastou entrar a Primavera para as árvores florescerem, e para o humor europeu mudar drasticamente. Já se vê, novamente, motoristas de ônibus mais educados, pessoas sorrindo nas ruas, grupos de amigos curtindo um pouquinho da vida. Finalmente é Primavera!

Essa semana tenho morado em um hostel, mas dia 01 de abril mudo para eu novo apartamento. É beeeem no centro da cidade (Papito e Mamusca, é ao lado do Tesco, lembram dele? Perto da O'Connell), e vou dividí-lo com as minhas maiores amigas daqui da Irlanda. Em um quarto ficaremos eu e Mari (voltando às origens) e no outro, a Mônica e a Rafa. AMO! Ficamos lá abril e maio, e em junho voltamos ao Brasil, mais precisamente no dia 23 de junho, ao meio dia! =)

A visita dos meus pais aqui foi deliciosa. Com eles vieram minha tia e meu primo, e juntos aprontamos muito nessa Europa!

Começamos a aventura por Londres. Já nos encontramos no aeroporto e foi AQUELA festa, com direito a cartaz e tudo! QUE SAUDADES! Fomos no transfer para o hotel mais agarradinhos, impossível! Aí fizemos tudo que manda o roteiro: Big Ben, Westminster Abbey, Casas do Parlamento, Leicester Square, Piccadilly Circus, Notting Hill... Aproveitamos para ver 2 musicais: Mamma Mia (sim, eu vi de novo! E me empolguei em cada música, de novo! =D) e Wicked (dispensa comentários! Um dos maiores espetáculos que já vi! Comparando com Cirque du Soleil ou qq outra coisa! Simplesmente fantástico!). Enfim, assim como Londres, a viagem foi perfeita!

De lá, caímos para Edinburgo! Como não conhecíamos nada por lá e eu não tive tempo de pesquisar, resolvemos pagar um daqueles red buses, os ônibus turísticos (com direito a patetagem da minha mãe na hora de escolher o idioma... Impagável). Melhor aposta, primeiro porque o frio estava de doer, e dentro do ônibus ficou mais quentinho, mas principalmente porque simplesmente nos apaixonamos pela cidade. Como diz o João Paulo (meu primo), parece saído de um conto de fadas! Todos os prédios bem antigos, mas absurdamente bem cuidados; uma cidade pequena na medida certa; muitos, muuuuuuuuuuitos idosos super independentes e fofos. Como tudo que está perfeito pode ficar ainda mais, no 2º dia, quando acordamos, abri a cortina e... NEVE! Meus pais e meu primo nunca tinham visto, então a festa foi completa! Nos munimos de todos os casacos que tínhamos, minha mãe embalou o pé com saco plástico (aham... Bem pobre assim kkkkkkkkkkkkkkkkkk) e fomos curtir esse presentinho de Deus! E sabem o melhor? Nevou por umas 2h, aí derreteu. Nada que pudesse atrapalhar nosso passeio ou nosso voo. Foi só para eles verem a neve mesmo... Lindo!

3ª Parada: Paris. Dias liiiiiiiiiiindos lá, com direito a sol e bastante calor, curtindo o solzinho no rosto na Torre ou no Jardin du Luxembourg! Perfeito! E, é claro, muito croissants =) Destaque para eu e minha mãe abrindo 4 malas no aeroporto de Beauvais para fazer caber tudo e ficar no peso ideal: vai calcinha pra lá, traz o sapato pra cá, joga esse pé de meia naquela, e assim vai! Todo mundo no esquema "viagens na europa". É assim que tem que ser...

De lá viemos para Dublin. O Hotel, por si só, já valeu a vinda. Meu pai e o Jota se apaixonaram pela Guiness. Só pediam ela, em todo lugar. Mas bom mesmo foi poder mostrar meu lugar a eles: meu ex endereço, minha escola, meu trabalho, a Penneys (né, mãe?! hehehehe)... Bom poder mostrar tudo que tem sido parte da minha vida nos últimos meses.

E, claro, de quebra, ainda teve o St Patrick's Day. Eu, sinceramente, AMEI tudo! A cidade estava abarrotada de gente. Parecia a frente do palácio de Buckingham na troca de guarda: se ouvia todas as línguas, menos o inglês. O dia começou com a Parade. Um desfile super bonitinho, de pouco mais de 1 hora. As maquiagens super bem feitas e todo mundo muito animado. Na platéia, milhares e milhares de famílias, crianças, turistas, todos vestidos com as cores ou os símbolos da Irlanda. Adorei mesmo!

Como é de Dublin que estamos falando, eu já imaginava que depois da Parada a bebida ia rolar solta, então depois do almoço meus pais voltaram ao hotel e eu fui para a casa de uns amigos, para uma House Party! Muito, muito bom! Realmente sentirei muitas saudades de todos por aqui!

Dia seguinte, fomos a Galway, ver os Cliffs de Moher que eu tanto gosto. Destaque para a paisagem na ida para lá. Coisa de cinema mesmo! Muito verde, muita fauna, muita água, muitos morros. Lavamos a alma! E curtimos um pouquinho o privilégio de podermos estarmos juntos nesse lugar! Definitivamente só faltou a Carol para ser perfeito!!!

Bom, e é isso! Vê-los foi uma das melhores coisas que aconteceu nos últimos tempos, mas aumentou em muito as saudades! Agora fica a expectativa para o novo ap e, principalmente, para a chegada da Mari e da Lia em abril =)

E, é claro, a esperanças de dias cada vez mais bonitos e coloridos. Afinal, está florescendo... =)

* * * * * * * * * * * * * * *



Recebi 2 comentários muito lindos no último post, vou abrir os recadinhos com eles:

André e Camila, vocês sabem o quanto os amo! Gosto da família de vocês como se fosse minha! Estou doida para voltar e poder vê-los, para dar um abraço demorado! Vocês são muito fortes e têm o que é mais importante para vencer obstáculos: AMOR! Fiquem bem!

Gabi, estávamos (fisicamente) distantes nesse momento, mas vc sabe que estávamos (afetivamente) juntas, né?! Vc foi minha parceira de brincadeiras de boneca com as meninas, e sei que estamos nessa juntas de novo! Te amo!

Carol, que saudades de vc! Vc definitivamente fez muita falta nesses dias, assim como faz sempre! Manda beijo pro Jujuba, fala pra ele que jajá estou aí pra amassar ele de beijos! E agora que vou me mudar, a comunicação vai ficar mais fácil de novo =)

Toseiraaaaaaaaaaaaas, q saudades! Vê se agora q vc tem 5 empregos (até parece eu kkkkkkkkkkkk0 vc não some, hein?! Em junho tô aí! Vamos quebrar tudo!

Floriaaaaaaan, how long no talking!!!!! I miss you! I saw Will this weekend, he came to spend Paddy's day! It was AWSOOOOOOME =D When are you and Jenny coming to see us????

Clariiiiiiiiiiiiiinha, achei seu coment taãããããão lindo! =) Tô contando os dias pra ver todos vcs de novo, e dar um abraço nos mais novos noivinhos (como diz o Kbelo, Maria Clara Tavares e Bruno Miranda hehehehe). te amo!

Amanda e May, Obrigada pelo apoio, viu?! Saudades de vcs! Muitas!

Dreziiiiiiiiiiiim, não sabia que ele era seu amigo! Como ele está? Fiquei tão feliz com seu coment que vc nem imagina... Te amo, meu irmãozinho!

Gêmula, OI, ROOMIE!!!! =)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Vai com Deus, Bela!

Spring time...

Incrível passar o primeiro dia da primavera em um continente com as estações tão bem definidas. Incrível ver as primeiras flores surgindo, fortes e incansáveis, em meio a tantos galhos secos e desfolhados. Incrível ver o sol nascer novamente e o calor atingir meu corpo, depois de um longo e duradouro inverno...

Invernou... O momento é de luto! Talvez o trabalho do Papai do Céu estivesse muito árduo e ele tenha precisado de uma forcinha extra, e nosso anjinho subiu para dar-lhe uma forcinha...

Um anjinho de 18 anos, recem ingressada na UnB. Um anjinho que me fez rir tantas vezes nas aulas de local, com a sua falta de coordenação ou de flexibilidade, sempre animando nossos momentos doloridos e me xingando no dia seguinte quando acordava sentindo alguma dor muscular...

Passei minha infância cuidando dela e da irmã, 2 bonequinhas! Arrisco dizer que elas foram minhas primeiras "filhas", que abriram o caminho para a minha paixão por crianças. 2 anos atrás ela passou de bonequinha a aluna, e de aluna a amiga.

Quando ela tinha 15 anos e a irmã, 17, a mãe delas, pessoa linda por dentro e por fora, ficou grávida! Passado o susto inicial, o pai foi para os EUA comprar o enxoval. Qd voltou, com 3 malas e 2 caixas, fez questão q eu fosse lá ver body por body, chupeta por chupeta. A Bela e a Camila n podiam estar babando mais! Eles não podiam estar mais felizes. Eu não podia estar me sentindo mais em casa...

Essa criança de 18 anos e a vida toda pela frente, de sorriso fácil e jeito meigo, por uma infelicidade do destino, ou, como prefiro pensar, por uma necessidade divina de mais anjinhos no céu, sofreu um acidente de carro na volta do carnaval e faleceu dia 17 de março.

Não dá pra entender... e mesmo assim ainda teimamos em tentar...

Como diz a May, faço um pacto contigo, Belinha: prometo procurar aproveitar cada momento aqui, cada oportunidade, cada experiência, não só por mim, mas por você também. Em "troca", que você olhe, daí de cima, por todos aqui que te amam e que estão sofrendo a sua partida. Você sempre foi um anjo, agora só está no seu lugarzinho!

Viagem dos papais aqui foi LINDA! Inesquecível! Prometo florir os próximos posts com fotos e contos divertidos dessa aventura familiar na Europa. Hoje o post é de homenagem. É de fim de inverno. É de primavera chegando. Está florecendo...

Papai, Mamãe e Carol, AMO VOCÊS!!!!