quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
All I want for Christmas is you!!!!
domingo, 14 de agosto de 2011
Feliz dia dos Pais!!!
"Oi, filha, boa tarde.
(...) Vocês sempre dizem que eu não falo do meu passado. Lendo sua mensagem, voltei alguns anos.
A vida é uma continuidade. Aos 15 anos sai de Araxá para morar em Sacramento, fui muito bem recebido, achava Sacramento ótimo e Araxá horrível. Aos 16 anos fui morar em São Paulo. Imagina o mineirin de Araxá e Sacramento conhecendo a maior cidade do Brasil. Estava abobalhado, achando aquilo uma maravilha. Voltei para Araxá, fiquei 2 anos e vim para Brasília. Nestes dois anos conheci sua mãe como namorada, começando uma história que você faz parte. Durante grande parte de minha vida eu não gostava de ser mineiro em função da minha infância difícil em Araxá. Traumas. HOJE eu gosto de ser mineiro e adoro ser brasiliense.
Vamos ao Brasil. Vce sabe mais do que ninguém das minhas reservas quanto ao Brasil, principalmente nossa política nojenta. Nós estamos vivendo um momento interessante de movimentos de libertação no Oriente. Você sabe que são países de cultura mais antiga do que a nossa. Estão derrubando ditadores de mais de 30 anos. O Brasil culturalmente está engatinhando. Eu vivi 64. A coisa já foi pior e só melhorou porque o povo foi pra ruas. Sei que precisamos melhorar muito, mas a maneira que eu achei de melhorar o Brasil foi criando duas filhas conscientes e preparadas para trabalhar por ele.
CONCLUINDO minha opinião: Quem faz um país melhor, são as pessoas que nascem neles. País não é um pedaço de terra, mas pessoas que nós gostamos. Ao invés dos medos que são normais, tente melhorar o que está errado. Talvez o BRASIL esteja precisando de você e outros tantos jovens que tem a oportunidade de fazer o intercambio que você esta fazendo.
(...) Um conselho de Pai: Consertar o ontem, não tem jeito, viver o amanhã, impossível. Viva o hoje sem medo. E coragem você já mostrou que tem muita.
Parabéns pelos seis meses
Saudades. Um beijo
sábado, 23 de julho de 2011
Mais do mesmo...
Estou de volta! Entenda como quiser, porque qualquer significado fará jus à verdade. Estou de volta da Disney, da viagem mágica ao lugar mais mágico do mundo. Estou de volta da Irlanda, finalmente me sentindo mais aqui que lá, entendendo cada dia mais o quanto meus pensamentos e sentimentos podem se camuflar dentro de mim, e separando o real do que foi criado pela minha cabeça confusa e ofuscada pela intensidade dos sentimentos finais. Estou de volta à vida. Me sinto, finalmente, em casa.
A felicidade ainda vem chegando de mansinho. Tem dias que ela explode no meu peito, tem dias que ela ainda dá lugar às lagrimas de tristeza ou agonia, sabe Deus do que. Mas nunca foi diferente, por que logo agora o seria?
A Disney foi uma viagem interna aos meus sentimentos mais íntimos. Minha cabeça não descansou como deveria. Por vários dias ela teimou em trabalhar, junto com o corpo já fadigado pela falta de horas de sono e excesso de trabalho. Derramei mais lágrimas de tristeza do que de cansaço dessa vez. Mas me sentia, a cada gotinha que saía, tirando um peso imenso de dentro de mim.
Hoje sinto meus olhos muito mais abertos para as verdades do mundo: ninguém é perfeito, mas algumas imperfeições me afetam mais que outras; Não se pode confiar em todo mundo, mas há de se acreditar que todos nós temos nosso lado bom, prontinho para despontar em meio a tantos defeitos; Tudo tem volta. Outro dia li que se o mal ou a inveja tivessem uma forma, ela seria a de um bumerangue. Faz todo sentido; Fazer o bem ainda é a melhor opção. Mesmo que você cometa alguns erros, se a intenção é boa, ainda é possível voltar atrás e tentar novamente.
Tenho sentido, nesse exato 1 mês que estou de volta, mais amor do que senti em 10 meses de intercâmbio. O que pode parecer uma constatação amargurada, nada mais é que a realidade de um diagnóstico. Sobra insanidade na falta de amor. Hoje eu entendo isso melhor do que nunca!
Fé em Deus e pé na tábua. A aventura está no seu início. O crescimento também! Se o que não me mata, me fortalece, projeto Hulk 2012 está em andamento! =)
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Lá vamos nós de novo...
segunda-feira, 27 de junho de 2011
O sonho acabou (?)
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Em clima de despedida...
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Ah... Viena...
não esperávamos nada, mas que nos surpreendeu desde a arquitetura até o lindo clima que pegamos.
Então comecemos por onde paramos no post anterior. A viagem de Budapeste a Viena foi feita de ônibus. Uma decisão tomada por causa dos custos, mas que não imagino fazendo de outra maneira. A passagem custou 8 euricos por pessoa e o ônibus é beeeeem justo: limpo, tem filme e até wi-fi dentro das cidades. E como a viagem é curta (cerca de duas horas), não vale a pena pensar em pegar avião e os trens são mais caros.
Chegando em Viena, o primeiro choque da viagem. Saímos de Budapeste, que tem alguns problemas de transporte e é uma cidade que ainda traz os traços do comunismo, para todo o esplendor da Áustria, um dos países mais estabelecidos da União Européia. A infraestrutura é extremamente moderna e contrasta com a arquitetura clássica dos monumentos. Ficamos em um hotel/hostel beeem pertinho da estação principal, a WestBahnhof, o Do Step Inn. Localização que nos ajudou bastante já que o metrô de Viena funciona sem problemas e te leva a qualquer lugar.
Passamos ao todo dois dias e meio em Viena. Como já disse, nos falaram para não esperar muito da cidade e por isso decidimos passar pouco tempo lá – comparados aos quase quatro dias em Budaeste e Praga. Como chegamos na hora do almoço, almoçamos na própria WestBahnhof, que oferece bastante opção de comida rápida. Fizemos o check-in no hostel (quarto limpo e banheiro separado, nada demais) e decidimos caminhar nas redondezas. Em um primeiro olhar pareceu uma cidade grande e normal. Mal sabíamos que a grande surpresa estava por vir.
No dia seguinte, saimos da cama e fomos ver a principal área da cidade. O centro de Viena (ou Innerstadt para os letrados em alemão. Não, eu não sou!) reúne a catedral de São Estevão (a maior e mais impressionante da cidade), um bocado de ruazinhas estreitas e de pedras, bem medievais, e os grandes monumentos. Saímos da estação de metrô e demos de cara com a construção maravilhosa e milhares de pessoas, com galhos de plantas nas mãos. Era domingo, então esperávamos a catedral cheia, mas logo percebemos que aquilo era algo especial. Como eu estava me sentindo mais relaxada com a língua (depois de quatro dias não entendendo nada de húngaro, alemão é quase minha língua mãe!), fui me aventurar. Procurei alguém jovem (minha estratégia para encontrar pessoas que falam inglês) e perguntei o que estava acontecendo. Ela explicou que como era o domingo antes da Páscoa, todos os católicos levavam “palms” para a igreja. Quem me conhece sabe que o meu conhecimento sobre catolicismo é quase nulo. Repeti as palavras como foram ditas para mim para as meninas. Apenas uns 20 minutos depois é que a Amanda grita: “Hoje é domingo de ramos!! “Palms” é ramos em inglês.” HUAHAUHUAHAUHAU Sensacional!! Apendida a lição, fomos apreciar a arquitetura. As ruas medievais são interessantes, mas a vibe de Viena é outra. Lá a arquitetura alcança o maior esplendor clássico. Descobrimos isso ao nos depararmos com a biblioteca e os dois grandes museus da capital austríaca: o Museu de História Natural e o Museu de História da Arte. Os prédios são de tirar o ar e os espaços beeem abertos. É uma cidade arejada, que não deixa em nada a desejar à outras grandes cidades da Europa (pelo menos aquelas que eu já vi =) ).
Mas o mais legal de tudo era o clima que envolvia a cidade. A Maratona de Viena estava acontecendo naquele dia! Milhares de pessoas saíram às ruas para correr ou simplesmente apoiar os corredores. No meio da praça estava montada uma estrutura gigantesca que tampava toda a visão do lugar. Muitos poderiam ficar chateados, mas para a gente tudo apenas aumentava o clima de festa. Mas da onde havia surgido o clima de festa? Isso eu posso responder sem dúvida: o sol brilhava e o céu estava azul! Depois de um climinha mais ou menos em Budapeste, o sol era super bem-vindo! A Amanda, que não via sol há meses, aproveitou cada raio de sol! Eu e Mari estávamos felizes de não passar frio. O meu couro cabeludo já não poderia falar o mesmo. Eu, brasileira, queimei o couro cabeludo na Áustria. Mas queimei meeeesmo, de ficar bem ardido! O fato nos rendeu muito boas risadas. Sério, quais são as chances?!?!
Depois de passearmos durante toda a manhã e um almoço dos deuses (com uma sobremesa mais dos deuses ainda!) tiramos uma sonequinha na grama do parque. Bem à moda européia! Não querendo julgar a viagem de ninguém, esse é o lado bom de um ritmo mais relaxado, o fato de podermos simplesmente dormir durante meia hora em um parque lindo de viver! Descansadas, depois fomos ao Museu da Música. Muitos podem perguntar porque. A resposta é: simplesmente porque quase todos os grandes compositores de música clássica são da Áustria. Só para citar alguns: Mozart, Beethoven, Strauss e Schubert. AHAM!!! O museu é interativo e bastante interessante. Meu lugar favoito foi a sala de exibição, onde eles mostram duas apresentações da Filarmônica de Viena. Duas apresentações para fazer qualquer um se apaixonar por música clássica.
Aliás, a cidade respira o clássico. Não conseguiu ingressos para aquele concerto que queria ir? Não tem problema porque muitos são transmitidos em telões na rua. Estávamos voltando do museu quando vimos pessoas sentadas na calçada curtindo a apresentação de uma ópera e tomando um bom (vinho) tinto! É esse tipo de espontaneidade européia que eu tanto sinto falta aqui no Brasil...
No terceiro dia de Viena resolvemos conhecer um pouco sobre uma das maiores personalidades austríacas: a Sissi. Nunca ouviram falar? Não se preocupem, quando cheguei no castelo de Schonbrunn também não sabia quem era essa mocinha. Aprendemos que ela era uma Evita local, imperatriz do império austro-húngaro. O castelo é como um Versailles de Viena, com jardins incríveis, parecendo tapetes. É um ótimo passeio que pode durar o dia inteiro para quem quiser e tiver fôlego. No segundo dia o sol apareceu tão forte como no primeiro e já saímos até sem casaco. Acreditam?? Essa Europa estava muito louca... E com essa luz ideal, as fotos começaram a ficar lindas.
Mas como não podia deixar de ser, três mulheres juntas não pode não acabar em compras. Em Viena fomos bastante controladas, principalmente por causa do tempo curto. O maior “incidente” aconteceu na nossa casa, a WestBahnhof. Em uma das passagens, não pude deixar de olhar uma lojinha super bonita de bijuterias. Uma hora depois, o resultado da brincadeira: cerca de 130 euros gastos em bijux, uns 15 anéis e pelo menos 10 brincos. Mulheres, mulheres...
Não saímos de noite em Viena. Não sei se foi a falta de indicações ou o cansaço das três que haviam saído dos respectivos trabalhos há menos de uma semana. Mas o fato é que nossas saídas para a balada se resumiram a ir em uma pizzaria italiana próxima ao hostel. Em compensação, foi lá que tivemos as melhores aulas de italiano e alemão do mundo!! Os professores: o garçom austríaco e o dono italiano, que não falavam quase nada de inglês. Ou seja, a comunicação foi feita em pelo menos quatro línguas!! Ah, e a pizza? Também uma das melhores que já comi na vida, verdadeiramente italiana...
Na terça-feira, depois de termos visto quase tudo que queríamos na cidade (afinal, temos sempre que deixar algo para trás, para ficarmos com vontade de voltar, não é mesmo?) era hora de deixar o clássico e irmos para a cidade que é considerada por muitos a mais bonita da Europa. Na parada de ônibus apenas a certeza de que muuuito ainda estava por vir. Que venha então a República Tcheca!
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Buda, Peste e muita diversao
terça-feira, 12 de abril de 2011
Capitais Imperiais, HERE I GO!!!!
Post anterior estava muito triste e, como eu prometi, não iria viajar sem atualizar e sem deixar fotinhos do nosso novo ap, então cá estou eu!
Depois da semana mais trabalhada da minha vida, 46h exatas, treinando 4 ex-prováveis-auxiliares de chef, que poderiam ficar no meu lugar (nenhuma vingou. Ô, povinho ruim de serviço esses irlandeses mais novos, viu?! Affffffff), 8 dias ininterruptos de trabalho, 4 dedos cortados, FÉRIAAAAAS! =D
Tá, eu sei que você pode estar pensando que eu acabei de definir a sua rotina em TODAS as suas semanas de trabalho, mas você há de lembrar que estou, há quase 8 meses, trabalhando apenas meio-período, só de 2ª a 6ª, né?! Então vamos dar um descontinho... =)
De qq jeito, a semana foi deliciosa. Reativei o contato com algumas pessoas muito especiais no Brasil, que eu estava com muitas saudades de conversar, mesmo que pela tela fria de um Facebook. E meus amigos daqui de Dublin ganharam o Campeonato Irlandês de Futsal e em agosto representarão o país na UEFA de Futsal. Parabéns para eles, mega queridos!!!!
Hoje, às 15h30, pego meu voo em direção a Budapeste. Encontro com as meninas (Budapeste vai ser pequena pra esse reencontro =DDDDD), ficamos por lá até dia 16, quando vamos para Viena. Dia 18 embarcamos para Praga, dia 23 para Londres e dia 24 estamos de volta a Irlanda, onde ficamos viajando até dia 30, quando elas vão embora.
Depois disso, 1 mês de trabalho, curtindo cada segundinho de Dublin e amigos queridos, e aí,dia 30 de maio, embarcamos (eu e Mari) para Bruxelas, Amsterdam e Ilhas Gregas. Nada mal, nada mal =)
Bom, pra variar estou terminando de resolver as últimas coisas para a viagem e em 2 horas preciso estar no aeroporto. Então fica a promessa de que, se surgir a oportunidade, atualizo de lá algum dia. Caso não dê, na volta estarei aqui de novo!
Quem tiver a oportunidade, no dia 19 dê, por mim, um abraço BEM demorado na minha Mamys pelo niver dela, tá?! Primeiro aniversário que passo longe, a saudade vai apertar ainda mais, mas jajá estou de volta!!!!
Hoje tem beijo mais que especial a Cida, mãe do Ulgem (e do Eric, pq não?!), que eu conheci pessoalmente ontem e, como eu imaginava, AMEI DE PAIXÃO! Que pessoa fofa! Melhor ainda foi o Ulgem contando a história deles 2 se encontrando no aeroporto, ela largando o carrinho, correndo pra abraçá-lo e todo mundo aplaudindo! A-DO-RO!!!!
Beijos a todos, perdão pela falta de recadinhos, mas estou ficando em cima da hora. As fotos são do novo ap, da festinha que fizemos aqui de comemoração e das minhas flatmates lindas!!!
AMO!
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Sobre a violência e nossas crianças...
Sofria de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) e, junto com os remédios controlados, o esporte era seu maior aliado para gastar um pouquinho de tanta energia acumulada. Corria o quanto pedissem a ele, pulava na altura que quisesse, tinha extrema habilidade com esportes com bola. Definitivamente, "levava jeito para a coisa", como diziam seus professores de Educação Física.
Era popular na escola. Por onde passava, era conhecido e reconhecido por seus colegas e professores. Talvez pela sua desinibição, talvez pela sua TDAH, falava muito alto, estava sempre articulando algum comentário (mesmo quando não autorizado), paquerava as meninas, zombava dos meninos e preparava sua lista de frases sarcásticas para responder às constantes reclamações dos professores em relação ao seu comportamento inadequado.
Fábio não era como seus colegas. Estudava em um colégio que era orgulhoso de se considerar inclusivo. Um colégio que aceitava crianças com síndrome de down, hiperativas, cadeirantes e com transtornos. Um colégio conhecido pela educação de seus alunos, pelo carinho e amor com que eles tratavam seus colegas especiais. Um colégio com professores orgulhosos de seus pupilos, mas cansados de lidar com a indisciplina constante de Fábio, o único aluno que lhes dava problemas. Ele era violento, bradava palavras chulas sem pensar, batia nos colegas que não o respeitassem, atentava contra as meninas com rótulos e provocações.
Fábio NÃO era como seus colegas. Quando muito novo, foi adotado por Vânia* e João*, um casal feliz, mas divergente em relação à sua vontade de ter filhos. Foi Vânia quem o quis, foi ela quem bateu o pé a favor da adoção, já que a vida e a natureza não a permitiram conceber seu próprio rebento. João, por amor (à Vânia, não a Fábio ou às crianças) cedeu, e juntos constituíram uma família.
Poucos anos mais tarde, em uma peça pregada pelo destino, Vânia sofre um acidente e fica em estado vegetativo em uma cama de hospital, deixando Fábio, muito novo, aos cuidados e sob a guarda de João. Nunca passou pela cabeça do pai devolver a criança, mas também nunca lhe passou pela cabeça amá-lo como deveria. E assim Fábio foi (sobre) vivendo.
Pouco tempo depois, aparece Virgínia* na vida de João. O sofrimento pela perda de Vânia ainda era grande, mas Virgínia, aos poucos, vai conquistando seu lugar no coração do homem, e, posteriormente, na sua casa. Os dois dividiam tudo: o teto, a cama, as dívidas e, acima de tudo, a falta de amor por crianças.
Fábio definitivamente não era como seus colegas. Ele não sabia mais o que era amor. Ele apanhava em casa sempre que fizesse coisa errada, coisa certa, qualquer coisa. Sua comunicação com seus "pais", quando acontecia, era sempre no grito. Sua história, antes tão cheia de esperanças, foi sendo pintada de preto por "pais" que não souberam amá-lo. Sua escola era o único lugar aonde ele recebia atenção e cuidado, mas ele já não sabia mais diferenciá-los de tantos gritos e violência. E a criança pura acabou por se tornar um adolescente em amargura. O que será deste adulto?"
A história acima poderia ser fictícia. Mas não é. Ela pertence a um ex-aluno meu (com nomes devidamente trocados), que tinha 12 anos na época que eu lhe dava aula. Fábio* me ensinou que o ser humano é, sim, um espelho do mundo. Que a criança não tem culpa dos seus atos e que não se deve julgar atitudes sem entender a história.
O atentado de ontem à escola do Rio foi contra o Brasil. Aqui fora todos estão comentando e me perguntando o que está acontecendo. E aí dentro, por meio de Facebooks, Twitter e Redes Sociais diversas, só vejo ira e julgamento em relação ao autor.
Não importa sua religião. Todas as crenças do mundo defendem o perdão, o amor e a compaixão como base para uma sociedade mais limpa e mais humana. Me pergunto, então: Aonde estão os religiosos e crentes em Deus, que sempre levantam a bandeira da oração, mas na primeira provação, publicam mensagens ofensivas que defendem a punição, às vezes pelas próprias mãos?
Faço, de tão longe, o meu apelo: deixem os sentimentos negativos para as famílias que estão em tanta dor e têm o direito de se permitirem sentir o que vier. Lembrem-se que, infelizmente, nem todos os cidadãos tem o privilégio de crescer em ambientes familiares saudáveis e repletos de amor. E tentem praticar o perdão, e rezar, mentalizar, emitir ou seja lá o que sua crença permite, pela alma do menino de 23 anos que teve razões que a própria razão não explica.
Lembrem-se que este menino matou 12, mas nossos políticos que roubam nossos impostos que deveriam ir para saúde, alimentação e educação, matam milhares e milhares todos os dias, e criam mais outros milhares de autores de massacres. É deles que deve ser cobrada uma mudança. E é de nós que essa cobrança precisa vir.
O post de hoje não ficará muito tempo. Amanhã ou, no máximo domingo, faço um último post antes de viajar. Mas precisava fazer este desabafo que ficou tão marcado na minha cabeça desde ontem.
PAZ e BEM, meus amores!
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Brasileira com muito orgulho
Ainda me assusta muito a lista de coisas que sei que sentirei saudades! Ainda não consigo não olhar para as coisas com um certo pensamento de "no Brasil poderia ser assim, só bastaria uma forcinha". Mas cada dia que passa, aumenta a certeza de que a hora de voltar está chegando.
Hoje eu e Mari no mudamos para nosso ap novo. Não dá para descrever o tanto que é lindo! Super bem iluminado, com janelões enormes na casa toda. Os quartos são grandes e arejados, a cozinha é super bem equipada. Minhas flatmates foram escolhidas a dedo, e eu e Mari estamos terminando o intercâmbio como começamos: roomates! A localização é simplesmente a melhor possível. Exatamente no centro da cidade. Seria como se nós morássemos no Congresso Nacional, dá pra imaginar (piadinhas relacionada com política à parte =P)? Mas mesmo assim, deitada na MINHA cama, depois de tanto tempo, sentindo uma felicidade tão grande, a vontade de voltar só cresce!
Quando vim para cá, vim atrás de um crescimento pessoal que eu sabia que só teria aqui, em contato profundo comigo mesma. Vim em busca de um auto-conhecimento que me traria paz, de experiências de evolução. Hoje, faltando menos de 3 meses para voltar, tenho a certeza de que alcancei todos esses meus objetivos, e mais alguns outros, por tabela. Mas sei que ficar aqui significaria frear essa evolução. Ou, pior ainda, regredir. Então, time to move on.
Os planos para os últimos meses aqui são os melhores do mundo: Praga, Budapeste e Viena com as meninas, e Bruxelas, Amsterdam e Grécia com a Mari. Realização de um sonho, passando meu aniversário em terras gregas. Enquanto isso, apartamento novo, trabalho antigo e muita bagunça boa! E que venham os 3 últimos meses!!!!!!
Fotinhos do novo apartamento no próximo post. Por enquanto, algumas fotos da visita dos papitos aqui e do jogo do Brasil. Links ao lado!!!
* * *
Cida, estamos esperando ansiosamente sua visita! Seus filhos estão precisando de afago de mamãe =) Nós SEMPRE precisamos! Você precisava ver o Ulgem com a minha mãe: pareciam amigos de infância. Minha mãe AMOU ele (como não poderia ser diferente). Quem ótimo que vc conheceu minha tia, ela é super alto astral! Araxá cheia dos contatos! hehehehe
Daniiiiiiiiiiiiiii, to vendo o Cd até hj, acredita? São MUITAS fotos, e todas lindaaaaaaaaas! Que saudadeeeeeeeeeeeees! Dia 23, vamos brincar de abraçar por 1h??? =D Te amooooo!
Paaaaaaaaaaaam, que notícias maravilhosas!!! Como assim vc é metade húngara??? HÚNGARA?? kkkkkkkkkkkkkkkkk Mas agora, se vc conseguir isso, portas escancaradas por aqui! Tomara que dê mt certo! Fingers crossed!!!!
Toseiraaaaaas, que saudaaaaaaaaaaaades! Será q com todos esses empregos, rola uma parceria no 2º semestre? =D
Por que minha família não entra mais no blog? Hunft...
Beeeeeeeeeeeeijo
quinta-feira, 24 de março de 2011
É Primavera...
Como dizem por aí, "The show must go on" (o show tem que continuar), e como eu fiz um pacto muito sério com a minha anjinha, vou tratar de cumprí-lo à risca!
E os dias então... Aaaaaaaaaaaah! Nem sinal de chuva. Vento, quase nunca. E, com isso, o humor dos irlandeses volta ao normal. Impressionante como as estações bem definidas implicam em mudanças de humor bem definidas. Bastou entrar a Primavera para as árvores florescerem, e para o humor europeu mudar drasticamente. Já se vê, novamente, motoristas de ônibus mais educados, pessoas sorrindo nas ruas, grupos de amigos curtindo um pouquinho da vida. Finalmente é Primavera!
Essa semana tenho morado em um hostel, mas dia 01 de abril mudo para eu novo apartamento. É beeeem no centro da cidade (Papito e Mamusca, é ao lado do Tesco, lembram dele? Perto da O'Connell), e vou dividí-lo com as minhas maiores amigas daqui da Irlanda. Em um quarto ficaremos eu e Mari (voltando às origens) e no outro, a Mônica e a Rafa. AMO! Ficamos lá abril e maio, e em junho voltamos ao Brasil, mais precisamente no dia 23 de junho, ao meio dia! =)
A visita dos meus pais aqui foi deliciosa. Com eles vieram minha tia e meu primo, e juntos aprontamos muito nessa Europa!
Começamos a aventura por Londres. Já nos encontramos no aeroporto e foi AQUELA festa, com direito a cartaz e tudo! QUE SAUDADES! Fomos no transfer para o hotel mais agarradinhos, impossível! Aí fizemos tudo que manda o roteiro: Big Ben, Westminster Abbey, Casas do Parlamento, Leicester Square, Piccadilly Circus, Notting Hill... Aproveitamos para ver 2 musicais: Mamma Mia (sim, eu vi de novo! E me empolguei em cada música, de novo! =D) e Wicked (dispensa comentários! Um dos maiores espetáculos que já vi! Comparando com Cirque du Soleil ou qq outra coisa! Simplesmente fantástico!). Enfim, assim como Londres, a viagem foi perfeita!
De lá, caímos para Edinburgo! Como não conhecíamos nada por lá e eu não tive tempo de pesquisar, resolvemos pagar um daqueles red buses, os ônibus turísticos (com direito a patetagem da minha mãe na hora de escolher o idioma... Impagável). Melhor aposta, primeiro porque o frio estava de doer, e dentro do ônibus ficou mais quentinho, mas principalmente porque simplesmente nos apaixonamos pela cidade. Como diz o João Paulo (meu primo), parece saído de um conto de fadas! Todos os prédios bem antigos, mas absurdamente bem cuidados; uma cidade pequena na medida certa; muitos, muuuuuuuuuuitos idosos super independentes e fofos. Como tudo que está perfeito pode ficar ainda mais, no 2º dia, quando acordamos, abri a cortina e... NEVE! Meus pais e meu primo nunca tinham visto, então a festa foi completa! Nos munimos de todos os casacos que tínhamos, minha mãe embalou o pé com saco plástico (aham... Bem pobre assim kkkkkkkkkkkkkkkkkk) e fomos curtir esse presentinho de Deus! E sabem o melhor? Nevou por umas 2h, aí derreteu. Nada que pudesse atrapalhar nosso passeio ou nosso voo. Foi só para eles verem a neve mesmo... Lindo!
3ª Parada: Paris. Dias liiiiiiiiiiindos lá, com direito a sol e bastante calor, curtindo o solzinho no rosto na Torre ou no Jardin du Luxembourg! Perfeito! E, é claro, muito croissants =) Destaque para eu e minha mãe abrindo 4 malas no aeroporto de Beauvais para fazer caber tudo e ficar no peso ideal: vai calcinha pra lá, traz o sapato pra cá, joga esse pé de meia naquela, e assim vai! Todo mundo no esquema "viagens na europa". É assim que tem que ser...
De lá viemos para Dublin. O Hotel, por si só, já valeu a vinda. Meu pai e o Jota se apaixonaram pela Guiness. Só pediam ela, em todo lugar. Mas bom mesmo foi poder mostrar meu lugar a eles: meu ex endereço, minha escola, meu trabalho, a Penneys (né, mãe?! hehehehe)... Bom poder mostrar tudo que tem sido parte da minha vida nos últimos meses.
E, claro, de quebra, ainda teve o St Patrick's Day. Eu, sinceramente, AMEI tudo! A cidade estava abarrotada de gente. Parecia a frente do palácio de Buckingham na troca de guarda: se ouvia todas as línguas, menos o inglês. O dia começou com a Parade. Um desfile super bonitinho, de pouco mais de 1 hora. As maquiagens super bem feitas e todo mundo muito animado. Na platéia, milhares e milhares de famílias, crianças, turistas, todos vestidos com as cores ou os símbolos da Irlanda. Adorei mesmo!
Como é de Dublin que estamos falando, eu já imaginava que depois da Parada a bebida ia rolar solta, então depois do almoço meus pais voltaram ao hotel e eu fui para a casa de uns amigos, para uma House Party! Muito, muito bom! Realmente sentirei muitas saudades de todos por aqui!
Bom, e é isso! Vê-los foi uma das melhores coisas que aconteceu nos últimos tempos, mas aumentou em muito as saudades! Agora fica a expectativa para o novo ap e, principalmente, para a chegada da Mari e da Lia em abril =)
E, é claro, a esperanças de dias cada vez mais bonitos e coloridos. Afinal, está florescendo... =)
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Recebi 2 comentários muito lindos no último post, vou abrir os recadinhos com eles:
André e Camila, vocês sabem o quanto os amo! Gosto da família de vocês como se fosse minha! Estou doida para voltar e poder vê-los, para dar um abraço demorado! Vocês são muito fortes e têm o que é mais importante para vencer obstáculos: AMOR! Fiquem bem!
Gabi, estávamos (fisicamente) distantes nesse momento, mas vc sabe que estávamos (afetivamente) juntas, né?! Vc foi minha parceira de brincadeiras de boneca com as meninas, e sei que estamos nessa juntas de novo! Te amo!
Carol, que saudades de vc! Vc definitivamente fez muita falta nesses dias, assim como faz sempre! Manda beijo pro Jujuba, fala pra ele que jajá estou aí pra amassar ele de beijos! E agora que vou me mudar, a comunicação vai ficar mais fácil de novo =)
Toseiraaaaaaaaaaaaas, q saudades! Vê se agora q vc tem 5 empregos (até parece eu kkkkkkkkkkkk0 vc não some, hein?! Em junho tô aí! Vamos quebrar tudo!
Clariiiiiiiiiiiiiinha, achei seu coment taãããããão lindo! =) Tô contando os dias pra ver todos vcs de novo, e dar um abraço nos mais novos noivinhos (como diz o Kbelo, Maria Clara Tavares e Bruno Miranda hehehehe). te amo!
Amanda e May, Obrigada pelo apoio, viu?! Saudades de vcs! Muitas!
Dreziiiiiiiiiiiim, não sabia que ele era seu amigo! Como ele está? Fiquei tão feliz com seu coment que vc nem imagina... Te amo, meu irmãozinho!
Gêmula, OI, ROOMIE!!!! =)
segunda-feira, 21 de março de 2011
Vai com Deus, Bela!
Incrível passar o primeiro dia da primavera em um continente com as estações tão bem definidas. Incrível ver as primeiras flores surgindo, fortes e incansáveis, em meio a tantos galhos secos e desfolhados. Incrível ver o sol nascer novamente e o calor atingir meu corpo, depois de um longo e duradouro inverno...
Invernou... O momento é de luto! Talvez o trabalho do Papai do Céu estivesse muito árduo e ele tenha precisado de uma forcinha extra, e nosso anjinho subiu para dar-lhe uma forcinha...
Um anjinho de 18 anos, recem ingressada na UnB. Um anjinho que me fez rir tantas vezes nas aulas de local, com a sua falta de coordenação ou de flexibilidade, sempre animando nossos momentos doloridos e me xingando no dia seguinte quando acordava sentindo alguma dor muscular...
Passei minha infância cuidando dela e da irmã, 2 bonequinhas! Arrisco dizer que elas foram minhas primeiras "filhas", que abriram o caminho para a minha paixão por crianças. 2 anos atrás ela passou de bonequinha a aluna, e de aluna a amiga.
Quando ela tinha 15 anos e a irmã, 17, a mãe delas, pessoa linda por dentro e por fora, ficou grávida! Passado o susto inicial, o pai foi para os EUA comprar o enxoval. Qd voltou, com 3 malas e 2 caixas, fez questão q eu fosse lá ver body por body, chupeta por chupeta. A Bela e a Camila n podiam estar babando mais! Eles não podiam estar mais felizes. Eu não podia estar me sentindo mais em casa...
Essa criança de 18 anos e a vida toda pela frente, de sorriso fácil e jeito meigo, por uma infelicidade do destino, ou, como prefiro pensar, por uma necessidade divina de mais anjinhos no céu, sofreu um acidente de carro na volta do carnaval e faleceu dia 17 de março.
Não dá pra entender... e mesmo assim ainda teimamos em tentar...
Como diz a May, faço um pacto contigo, Belinha: prometo procurar aproveitar cada momento aqui, cada oportunidade, cada experiência, não só por mim, mas por você também. Em "troca", que você olhe, daí de cima, por todos aqui que te amam e que estão sofrendo a sua partida. Você sempre foi um anjo, agora só está no seu lugarzinho!
Viagem dos papais aqui foi LINDA! Inesquecível! Prometo florir os próximos posts com fotos e contos divertidos dessa aventura familiar na Europa. Hoje o post é de homenagem. É de fim de inverno. É de primavera chegando. Está florecendo...
Papai, Mamãe e Carol, AMO VOCÊS!!!!